Imagens do Filme soldado Universal
Policia Militar de São Paulo
A tecnologia é cada dia mais presente no cotidiano das Polícias Civil
e Militar no Brasil. A mais nova aquisição dos órgãos de segurança
paulista são óculos vindos de Israel que
possuem uma minicâmera acoplada. Ele filma as pessoas durante eventos e
envia informações em tempo real para uma base de dados que responde com
os dados criminais da pessoa identificada.
Outros equipamentos permitem, além da identificação de criminosos,
cruzar dados entre unidades policiais e interceptar ligações telefônicas
feitas de aparelhos públicos. Veja em detalhes como funcionam os óculos
e conheça outros recursos usados pelas polícias no combate ao crime.
Óculos da PM - A Polícia Militar de São Paulo deve
incorporar ao dia-a-dia de trabalho óculos de alto poder tecnológico.
Importados de Israel no começo do ano, onde auxiliam agentes no controle
de fronteiras, os óculos possuem uma minicâmera acoplada, que filma o
público e envia as informações em tempo real para um HD (Hard Disk) onde
está gravado o banco de dados da PM. Desta forma, o equipamento
identifica e avisa o policial sobre suspeitos, pessoas desaparecidas e
até veículos com irregularidades. A tecnologia promete mudar a abordagem
e revolucionar o trabalho da PM. Os óculos ainda estão em fase de teste
no Brasil.
Óculos ajudam PM a achar bandidos
"Biometria facial. Aparelho reconhece detalhes de rostos de criminosos"
Não estranhe se encontrar policiais militares usando óculos futuristas com alto poder tecnológico nos próximos shows, encontros religiosos, festas abertas ou partidas de futebol em São Paulo. É com esse equipamento que o efetivo vai 'filmar' o público presente e detectar se, no meio da multidão, estão criminosos, pessoas desaparecidas, procuradas ou torcedores envolvidos em brigas.
Na sexta-feira, a reportagem acompanhou uma visita de 30 oficiais da PM para uma aula de demonstração do uso desses óculos. O encontro ocorreu na zona norte, durante uma das fases do Curso de Policiamento em Eventos, desenvolvido todos os anos pela corporação com o objetivo de ampliar as ferramentas de prevenção ao crime.
Segundo o major Leandro Pavani Agostini, do 2.º Batalhão de Choque, trata-se de um sistema chamado biometria facial, em que uma câmera especial é instalada nos óculos, capta a imagem das pessoas e depois as encaminha em tempo real para um banco de dados da polícia. Em seguida, é possível saber se quem aparece na imagem tem algum tipo de problema com a Justiça. Caso isso ocorra, um pequeno quadrado vermelho aparecerá na lente da câmera e o PM poderá tomar as providências necessárias naquele momento.
'É algo discreto, porque você não interpela a pessoa, não pede documentos. O computador faz isso', explica. Segundo o major Agostini, atualmente o equipamento é oferecido por um representante de uma empresa de Israel. Lá, já funciona como um controlador de fronteiras. 'E para nós será muito útil e ajudará a cidade como um todo, desde a entrada e saída em terminais (ônibus e aeroportos) até em um show', diz.
Gêmeos. Para o oficial, erros não estão previstos no sistema de biometria facial - mesmo que a pessoa seja gêmea. 'A olho nu são duas pessoas iguais, mas para os 46 mil pontos de semelhanças que aparecem, os dados não vão bater.' Normalmente, a capacidade de visão da câmera é de até 50 metros de distância. Dependendo do caso, no entanto, o sistema pode ser adaptado e chegar a até 20 quilômetros de distância.
O major Marcel Lacerda Soffner, porta-voz da corporação, lembra que também participaram da demonstração oficiais de outros três Estados: Amazonas, Acre e Rio.
Pelas previsões dos policiais, o novo aparelho será utilizado na Copa do Mundo de 2014 e também em dias de jogos normais em São Paulo, principalmente em grandes clássicos. 'Eu posso inserir no banco de dados um torcedor que se envolveu numa briga em campo e, mesmo com as imagens antigas, ele poderá ser localizado futuramente', afirma o major.
Teste. Esse não foi o primeiro contato com o aparelho. No ano passado, PMs da Tropa de Choque já testaram o sistema de biometria facial em jogos no Pacaembu. 'Só não testamos no show do U2 porque não deu tempo, mas vamos testar em breve', afirma Agostini.
O especialista em segurança Felipe Gonçalves elogia a iniciativa. 'Acho que, principalmente para jogos, vai funcionar muito bem, desde que os policiais fiquem bem posicionados, em locais de passagem das pessoas.' COMO FUNCIONA
O sistema permite capturar até 46 mil pontos da face e 400 faces por segundo 1º - O sistema funciona por meio de um software. Uma microcâmera fica acoplada em um óculos e capta a imagem de pessoas
2º - A imagem é transmitida para um banco de dados da Polícia Militar
3º - Caso a pessoa conste no banco de dados, um alerta é transmitido e aparece em forma de quadrado vermelho na lente da câmera - É possível detectar pessoas desaparecidas, procuradas pela Justiça ou com antecedentes criminais - É possível ainda armazenar em um só banco de dados por volta de 13 milhões de rostos - A câmera acoplada aos óculos consegue captar imagens a até 50 metros. Mas é possível fazer adaptações no equipamento e com isso chegar a até 20 quilômetros de distância - O equipamento poderá ser usado em eventos religiosos, musicais e jogos de futebol
Alpha - Sistema criado para possibilitar a identificação de pessoas com a utilização do método de confronto de impressões digitais, colhidas em qualquer unidade policial, com aquelas arquivadas na base de dados do sistema.
Guardião - Sistema de interceptação telefônica autorizada, interligado à rede de telefonia pública, que é acessada por via digital para o Serviço Técnico de Monitoramento Legal de Telecomunicações.
Phoenix - Sistema para reconhecimento de criminosos, que integra os dados do RDO com bancos de dados de fotos, identidade, impressão digital, voz e outras características físicas, como as tatuagens. O sistema, que utiliza tecnologia de ponta, permite a construção de retratos falados simultaneamente ao registro do boletim de ocorrência.
Ômega - Dá suporte às investigações. Suas principais funções são agilizar o trabalho de pesquisa a partir da reunião de informações e fazer a identificação automática de relações entre pessoas, veículos, armas e endereços. Está disponível para todos os policiais civis onde há links de intranet.
Rádio Digital – Implantado em 2003, é um meio de comunicação via rádio digital que permite a intercomunicação das polícias Militar, Civil e da Superintendência da Polícia Técnico-Científica e visa realizar operações conjuntas. Toda conversa via rádio digital é criptografada e, portanto, não pode ser interceptada. Além da voz, a via digital permite o fluxo de imagens e dados. Somente em 2008, o investimento no projeto foi de R$ 21 milhões.
Sala de Situação - A Sala de Situação é um ambiente onde a Polícia Civil coordena operações integradas no Estado de São Paulo, com atualização de dados em tempo real. Todas as unidades policiais do Estado têm condições de interagir com a Sala de Situação. Em ambientes climatizados, o espaço possui equipamentos para videoconferências, computadores com links de alta velocidade e ramais Voip, que permitem a obtenção de dados como perfis de criminosos. O sistema de comunicação nacionalmente integrado aumenta a capacidade de investigação e dá sequência à obtenção de informações essenciais para o combate ao crime.
Registro Digital de Ocorrências (RDO) - Foi desenvolvido para informatizar o registro dos boletins de ocorrências (BOs) e termos circunstanciados. Via intranet, as unidades policiais padronizam suas rotinas e armazenam os boletins em um banco de dados, de modo que eles sejam consultados no Infocrim.
Infocrim - Com o Infocrim, a polícia cria roteiros para patrulhamento das áreas de maior criminalidade, despachando viaturas e designando policiais para o local das ocorrências. O Infocrim cruza dados dos boletins de ocorrência para a elaboração do mapa da criminalidade.
Viaturas mais equipadas - Algumas viaturas funcionam como uma espécie de central de inteligência e para isso estão equipadas com palmtops (veículos pequenos) ou notebooks, além de rádios digitais. Assim, no local da ocorrência o policial pode, por exemplo, pesquisar um veículo, uma arma ou uma pessoa que está sendo abordada. É possível também iniciar o registro da ocorrência, sem usar a voz, pelo sistema de radiocomunicação digital.
Lanternas forenses - São três tipos de lanterna que possibilitam o rastreamento de grandes áreas e permitem a visualização de provas impossíveis de detectar a olho nu. Esse equipamento representa um investimento de US$ 15 mil.
Cromatógrafo líquido de alto desempenho - Separa os componentes de uma mistura. A partir dele é possível fazer análises de entorpecentes e identificar medicamentos. Custa ao Estado cerca de R$ 1 milhão.
Tecnologia inédita - A Polícia Militar do Estado de São Paulo assinou no dia 26 de abril um protocolo de intenções com uma empresa de tecnologia para instalar a rede de transmissão de dados conhecida como 4G, tecnologia inédita na América Latina. O grande diferencial está na velocidade de comunicação e transmissão de dados entre o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e os policiais na rua.
As informações podem ser transmitidas imediatamente aos homens mais próximos de ocorrência e a comunicação pode ser feita até por meio de videoconferência. Será possível enviar vídeos, áudios e dados em geral em segundos.
As viaturas que receberem a tecnologia também poderão acessar os sistemas inteligentes da PM, como o Fotocrim e o Copom Online, diretamente do computador de bordo do veículo. Será feito um teste de 90 dias e, se aprovada, a tecnologia será implantada em todo efetivo da PM.
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