sábado, 28 de agosto de 2010

Mínimo brasileiro só ganha da Bolívia, Peru e Uruguai na América do Sul


Mesmo com as conquistas recentes dos últimos anos – um aumento real de 53,4% desde 2003, primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, o mínimo de R$ 510 que passa a vigorar no dia 1º de janeiro ainda deixa o país à frente apenas de Peru, Uruguai e Bolívia no valor do benefício calculado em dólares. Tomando como base o critério da Paridade do Poder de Compra (PPC) – que leva em conta os diferentes preços de produtos em países diversos -, o Brasil terá um mínimo equivalente a US$ 376, com uma taxa cambial média de R$ 1,72.

Esse valor é quase igual ao mínimo da Venezuela (US$ 377) e fica atrás dos benefícios concedidos pelo Paraguai, Colômbia, Chile e Equador. E ainda é 80% menor que o mínimo da Argentina (US$ 676), que possui o salário mais alto da região. Quando se compara com as nações desenvolvidas, o quadro é ainda pior. Frente aos EUA (US$ 1.207), por exemplo, o mínimo brasileiro atinge apenas um terço do valor do americano.

Comparado aos europeus, o Brasil só fica à frente de nações que até poucos anos atrás faziam parte do bloco socialista, como Letônia, Lituânia e Bulgária. O salário brasileiro ainda é metade do português (US$ 751) e cinco vezes menor que o francês, de US$ 1.889. Frente ao líder do continente, Luxemburgo (US$ 2.348), o valor do benefício nacional representa apenas um sexto.

Para o coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre, os ganhos mais recentes ainda não compensaram a perda do poder de compra do salário mínimo nas últimas décadas. Segundo ele, caso seja mantido um crescimento anual de 5% da economia, ainda seriam precisos mais de quinze anos para que o país voltasse ao pico histórico de valor real do benefício, ou seja, o equivalente a R$ 1.589 atingido em janeiro de 1959. Com informações do jornal Brasil Econômico.

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