quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Brasileiros mortos na fornteira com o estados unidos!!!

México repatriará vítimas de chacina; número de brasileiros pode subir

Publicada em 25/08/2010 às 21h18m

O equatoriano que sobreviveu ao massacre / AP

RIO - Após o Itamaraty confirmar que há pelo menos quatro brasileiros entre os 72 mortos no massacre no nordeste do México, o embaixador mexicano em Brasília, Alejandro de La Peña, informou nesta quarta-feira que já há investigações em andamento e que seu governo se responsabilizará pela repatriação das vítimas, em sua maioria imigrantes.

La Peña explicou que a identificação dos corpos ainda não foi iniciada e que, por isso, não é possível afirmar com certeza a procedência das vítimas. O vice-cônsul do Brasil no México, João Batista Zaidan, reforçou que o número de brasileiros mortos pode ser ainda maior.

(Gráfico: Saiba mais sobre a chacina)

Segundo o diplomata mexicano, o governo está em contato com, além do Brasil, representações de Equador, Honduras e El Salvador, que também teriam vítimas entre os corpos encontrados em uma comunidade rural em San Fernando, no estado de Tamaulipas, perto da fronteira com os Estados Unidos. As primeiras investigações apontam envolvimento dos traficantes do cartel Los Zetas no massacre.

A embaixada e o consulado brasileiros vão enviar um grupo ao local para apurar o que aconteceu. O primeiro a chegar, provavelmente na manhã desta quinta-feira, deve ser o vice-cônsul.

(Alguns dos maiores ataques de criminosos durante o governo Calderón)

O governo mexicano levará ainda peritos para o local e também oferecerá traslados dos corpos para seus países de origem. O embaixador disse que o procedimento de repatriação das vítimas se dará no menor espaço de tempo possível.

As autoridades mexicanas optaram por manter os 72 corpos em San Fernando, a 300 quilômetros da capital estadual Ciudad Victoria, para facilitar o andamento das investigações.

O local onde os corpos foram encontrados em San Fernando, em Tamaulipas / AP

- Tudo está sendo feito de forma coordenada com as embaixadas. O governo vai disponibilizar transporte aéreo para os profissionais que farão a identificação dos corpos e também para a repatriação das vítimas. Isso deverá acontecer nos próximos dias - afirmou La Peña.

Segundo ele, a embaixada do México no Brasil ainda não recebeu nenhuma ligação de familiares procurando notícias das vítimas.

Sobrevivente

O massacre de 58 homens e 14 mulheres foi descoberto por fuzileiros da Marinha mexicana a cerca de 150 quilômetros da fronteira com o estado americano do Texas. Os oficiais foram ao local após a denúncia de Luis Fredy Lala Pomavilla, trabalhador ilegal equatoriano, que tentava cruzar a fronteira rumo aos Estados Unidos.

Fingindo-se de morto, o equatoriano, baleado na garganta, conseguiu se arrastar até um posto de controle da Marinha para pedir socorro. Fuzileiros foram deslocados ao rancho e chegaram a trocar tiros com os traficantes. Três bandidos e um oficial morreram, segundo comunicado da Marinha. Um menor de idade, suspeito de fazer parte do tráfico, foi detido e, no rancho, foram ainda apreendidas 21 armas de grosso calibre, fuzis, escopetas, rifles e carregadores.

O massacre já é considerado o maior ligado às ações do narcotráfico desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón chegou ao poder no México e lançou uma grande ofensiva contra os cartéis.

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