Trabalhadores do setor publico paralizam e quem paga são os do setor privado.
Grevistas não mantêm 90% dos trabalhadores para assegurar operação no horário de pico. Terminal de ônibus no ABC segue paralisado
A greve parcial dos ferroviários na capital e na Grande São Paulo e a paralisação do transporte rodoviário do Grande ABC dificultam nesta manhã de quarta-feira o funcionamento do transporte público. Cerca de 400 mil passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão sendo prejudicados, de acordo com a própria CPTM.
Estação Ferraz de Vasconcelos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que amanheceu fechada nesta quarta-feira
A linha 12 - Safira, da CPTM, que liga a estação Brás, no centro da capital, até Calmon Viana, em Poá, na Grande São Paulo, está totalmente parada desde as 4h. No Brás, as plataformas estão cheias de passageiros e, a cada dois minutos, um alerta sonoro da CPTM informa os passageiros sobre a paralisação.
A linha 11 - Coral, está inoperante entre a estação Estudantes, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e a estação Guaianazes, na zona leste da capital. Neste trecho, foram acionados ônibus por meio do Plano de Apoio entre as Empresas em Situação de Emergência (Paese).
Os passageiros enfrentam atrasos nas viagens porque o intervalo entre a chegada dos trens tem durado quase o dobro do tempo de dias normais – de 15 a 25 minutos. Por meio de nota, a CPTM informou que para minimizar os transtornos aos passageiros, a companhia acionou uma operação de transporte gratuito com ônibus.
A nota divulgou ainda que os grevistas não mantêm 90% dos trabalhadores necessários para assegurar a operação no horário de pico da manhã. Os trens operam normalmente, segundo a CPTM, nas linhas 7 - Rubi (Luz - Jundiaí), 8 - Diamante (Júlio Prestes - Itapevi), 9 - Esmeralda (Osasco - Grajaú) e 10 - Turquesa (Luz - Rio Grande da Serra).
Ônibus no ABC
Os passageiros de ônibus da região do Grande ABC também enfrentam problemas nesta quarta-feira. Uma greve de ônibus atinge sete cidades desde a zero hora. Com isso, não estão circulando com 100% da frota os coletivos municipais e intermunicipais em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários da Região do Grande ABC, uma assembleia será realizada às 17h para decidir os rumos da greve. Segundo o sindicato, no momento, as cidades de Mauá e São Caetanos são as mais afetadas, onde não há ônibus circulando. Em outras regiões, como Santo André e São Bernardo do Campo, os ônibus operam com restrições.
A categoria rejeitou proposta de aumento salarial de 8% apresentada pelos empregadores na noite de terça-feira (31). Eles reivindicam 15% de reajuste, além de melhorias trabalhistas.
Metrô não para
O Sindicato dos Metroviários decidiu, em assembleia realizada na terça-feira, que não entraria em greve nesta quarta. O Metrô enviou nova proposta de reajuste salarial de 8%, a partir do dia 1° de maio de 2011, entre outros acordos. As propostas não foram aceitas, porém a categoria decidiu fazer uma nova reunião na quinta (2) e votar uma possível paralisação para sexta. O aumento proposto anteriormente era de 7,7%, porém, os sindicalistas pedem reajuste de 10,79%.
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