Em março de 2010, o preço total dos produtos era de R$ 130. Os itens que mais subiram foram alho, filé-mignon, costela de boi, biscoito de maisena e óleo de soja. Pesquisa é feita em 25 supermercados
O dragão da inflação atingiu em cheio as gôndolas dos supermercados. Isso porque a cesta básica do DIÁRIO aumentou 32,23% nos últimos 11 meses, entre março de 2010, quando o levantamento começou a ser feito, e agora. O peso no bolso passou de R$ 130 para R$ 171,91 no período. A pesquisa leva em conta o preço de 32 produtos em 25 supermercados, espalhados pelas cinco regiões da cidade (veja a lista completa na página ao lado).O crescimento percentual verificado supera o último índice de inflação registrado pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011. Nesses 12 meses, a taxa foi de 6,21%.
Os maiores vilões que protagonizaram a pesquisa do DIÁRIO, responsáveis principais pelo aumento da cesta, foram o filé-mignon (29,20%), alho (18,78%), costela de boi (17,20%), biscoito Maizena Tostines (16,95%) e o óleo de soja Liza (15,68%).
A boa notícia é que outros produtos tiveram redução expressiva nos preços, como a batata (52,70%), cebola (50,35%), farinha torrada Yoki (29,55%), margarina Doriana 250 gramas (19,22%) e o feijão carioquinha Camil de 1 Kg (16,77%).
Em relação à última pesquisa feita pelo DIÁRIO, realizada em novembro do ano passado, a cesta ficou um pouco mais barata, passando de R$ 176,99 para R$ 171,91 (redução de 2,87%). Durante esse intervalo de tempo, os produtos que mais apresentaram queda foram o feijão (-38,34%) e o filé-mignon (-37,67%). De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a redução drástica desses produtos já era esperada, pois atingiram níveis muito altos no final de 2010.
"O filé-mignon e outros cortes de carnes, de maneira geral, ficaram caros em razão de problemas nos pastos no ano passado. Houve muita seca e redução de oferta de cabeças de gado. Sobre o feijão, o produto sofreu muito com as safras do ano passado. Choveu muito na época da colheita e ficou seco durante o cultivo. Esse cenário provocou o aumento dos preços, que começaram a ser normalizados no início deste ano", afirmou o vice-presidente da Apas, Orlando Morando.
Fonte:http://www.diariosp.com.br/index.php?id=/dia_a_dia/economia/materia.php&cd_matia=36590
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