segunda-feira, 28 de março de 2011

Vigão Noturno


"E sobre tuas pernas não poderas andar
E com sua honrar nã te nutrirá mais
pois se em teu corpo não confias em quem mais poderar se resguardar?
Tu que um dia já defendeste o sangue agora se alimenta dele
vagando pela noite sem respostas,sendo a escuridão a unica coisa que lhe esconde
tu viverás assim, verme, como a sombra.
que some todas as vezes que a luz a tenta lhe tocar
e assim viveras com sua meia vida, insatisfeito com o mundo
morreras pela sua meia vida.
E você escolheu isso?
Nada é mais trágico do que morrer pelas mãos do destino que lhe deram
você nunca teve escolha.
e agora já é tarde de mais para voltar."


O VIGILANTE


Ouso nitidamente o relógio da velha torre
Dar badalada após badalada, até completar o Número de doze;
Em linguagem corrente diz-se, é meia-noite Hora de descanso
De dormir, mas ao contrário de milhões de Pessoas que dormem
Profundamente, eu permaneço acordado
Bem-disposto e sorridente.

Os segundos parecem atropelarem-se
Os minutos esses, agrupam-se em algumas Dezenas;
E para além desta aparente confusão, formam-se as horas
Muito simplesmente;
A primeira hora do novo dia, acaba de se Formar;
Será caso para festejar! Não, muitas outras Se formarão
Em Sículos repetitivos, sem parar.

E eu continuo acordado, olhando a rua Iluminada
Zelando pelos interesses e bens
De todos aqueles, que a esta hora estão a Descansar
Num sono solto, sem nada os preocupar
Mas enquanto eu estava submerso, em meus Pensamentos
Eis que com alguns segundos de atraso, o Velho relógio da torre
Me comunica em jeito de informação, é uma Hora da manha;
Seguida de uma poderosa e sonora badalada.

Nos próximos minutos, a minha atenção Concentra-se
Em sãos e ruídos que por vezes, afectam a Nossa mente
Embora normais, e que a noite conserva
Tornando-a assim, enigmática, bela e Atraente.

Seguem-se as duas da manha, as três, as Quatro, cinco e seis;
Mas entre as seis e as sete, o dia rompe Triunfante
Derrubando todos os obstáculos, que se lhe Depara pela frente
Iluminando as trevas, há medida que vai Avançando;
Entretanto já deram as oito e as nove estão-se aproximando.

A minha disposição já não é o que era, estou Aborrecido, cansado
E não me apetece sorrir, há muito tempo que O galo canta
Insistentemente e não pára de cantar;
As ruas essas estão repletas de gente, com Destinos diferentes
Diferentes formas de pensar, vou dormir, Concluí;
Porque um novo dia para mim, não tarda a Chegar;
Começa a ser tarde, é preciso de descansar.

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